Essa planta estava morrendo.
Eu a esqueci completamente em um canto até que me deparei com ela desfalecida.
As flores já não existiam e a terra estava mais seca que o ar do inverno sem chuva. Parecia que não teria jeito, mas resolvi não desistir dela.
Reguei. Podei. Coloquei no sol. E repeti o processo inúmeras vezes até que ela floresceu... E eu nem percebi as flores vindo.
Assim é com as nossas feridas. Pode parecer que elas nunca irão se curar, e às vezes parece que estão há tanto tempo ali que você nem lembra o que te feriu, mas não significa que não estão lá.
Ai você decide fazer análise, porém se depara com uma práxis que não te determina o tempo de sua “cura”.
Veja, para que a planta florescesse novamente eu precisei repetir e repetir, e não fazia ideia de quanto tempo levaria, só sabia que não queria desistir.
Isso faz parte de fazer análise, é ter paciência com seu próprio processo. É entender que não há cura para o que não é doença, mas elaborações para o que te fere ou simplesmente incomoda. Novos significados para o que te marcou. Podas/cortes no tempo preciso.
É estar disposto, estar presente para si mesmo. E o tempo, bom, vai passar de qualquer jeito e você nem perceberá as flores vindo 😉
Publicação realizada originalmente em meu Instagram no dia 08/07/2024