O GUMP do Tudo Share superou minhas expectativas

Muito além de um evento de storytelling, o GUMP traz palestras com conteúdos valiosos e insights que eu não teria em outro lugar. Como cheguei mais tarde, não assisti a algumas palestras, porém, não tirou o encanto do evento. Anotei os insights mais valiosos e abaixo você pode acompanhar de perto o que suguei das palestras que assisti.

 

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imagem: fotoploc

O Gnomundo da Fotoploc 

A Fotoploc mostrou como criar uma cultura interna que faça com que os colaboradores se sintam parte da empresa e que possam contribuir. Com seus gnomos e humanos, Camila Sallaberry criou uma linguagem personalizada que leva o cliente e funcionário para outro mundo. Mas, não se engane, criar uma cultura tão enraizada não é tão simples. Entre quebras, choro e muito trabalho, ela nos mostra que é fantasia acreditar que vão vestir sua camisa, ela é somente sua, mas que você tem que encontrar aqueles que têm coisas em comum com os seus valores para que juntos cheguem em algum lugar. 

Também nos mostrou que criar uma regra DO NADA não funciona. Você precisa plantar sementinhas para que todos sintam o desejo de comprar a ideia. Um exemplo que vi em uma publicação do LinkedIn foi o de uma empresa que queria implementar a utilização de crachás, tentaram de tudo até que obrigaram os funcionários a utilizarem, ou usa ou não entra na empresa e perde o dia. As pessoas perdiam de propósito, esqueciam ou estragavam. 

Enquanto em outra empresa os CEOs começaram a usar os crachás, o que criou um burburinho como se aquele item abrilhantasse ainda mais a posição do CEO. Em seguida os gerentes também ganharam crachás, aumentando o desejo pelo objeto, até que a empresa mandou fazer para todos que ficaram felizes em fazer parte. Viu só como dá para implementar sem obrigar? Uma cultura se cultiva e não se obriga.

A cultura empresarial vai além de uma folha de papel cheia de regras. É o motivo pelo qual seus contratados se sentem parte e fazem daquilo sua missão. A cultura não se implementa do dia para a noite, como uma arvore, ela cresce dia após dia.

 

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imagem: dicas da disney e orlando

O poder dos detalhes no Storytelling, por UAU Business

O Bruno Gonçalves é especialista na metodologia Disney, sendo essa a sua paixão. Ele nos mostrou o quanto os detalhes são importantes e como o legado do Walt Disney tem isso enraizado em sua cultura.

Para você ter uma ideia no Cruzeiro da Disney tem o Pato Donald “entalado” em uma tubulação, quem está mais familiarizado com os desenhos se lembra bem dessa imagem. Veja, são detalhes que fazem com que a magia aconteça e crie histórias no coração do espectador. Para isso, é necessário que entenda as emoções e como são poderosas para que gere engajamento emocional e transformação através da história contada. 

O Bruno exemplificou com seu pai, que era uma pessoa totalmente de exatas e não entendia o motivo de, quando adolescente, o filho querer ir diversas vezes no Hopi-Hari, afinal, uma vez é suficiente. Até que surgiu a oportunidade de irem para a Disney e o Bruno levou o pai para a montanha russa, ele saiu transformado e quis ir mais de uma vez. A magia tocou seu coração e o parque entrou em sua vida, pra sempre.

Pense nos detalhes da sua história, no que faz com que ela seja genuína e no que você tem orgulho. Lembre-se que cada parte vale a pena, imagine que você tem uma empresa que faz bolos caseiros e o porquê começou a fazer. Se eu estivesse no seu lugar lembraria dos bolos que meu avô fazia e que traziam felicidade e doçura para a casa, colocaria a história em cada embalagem, cartão e na própria decoração do ambiente, deixando-o aconchegante para que a história da minha infância abraçasse cada pessoa que adentrar o local.

 

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A união do Off-line com o On-line, por MediaMonks 

Você já ouviu falar no Phygital? #anotaanovaTrend

Basicamente é um termo que designa a união do off com o on. Mas, não pense só em folhetos e flyers, o negócio vai MUITO além. Hoje, consumimos conteúdo em múltiplas telas ao mesmo tempo, para atender a demanda a produtora cria campanhas imersivas que conectem o público do off para o on.

A MediaMonks mostrou seus cases mais complexos (e que cases) onde eles criam experiências imersivas que juntam os dois mundos em um só com a utilização de Realidade Aumentada e muita tecnologia para que a experiência seja única, como o exemplo do “Facebook Stories Experience”.

“Com a Riviera Francesa como pano de fundo, nosso Facebook Stories Xperience convenceu com sucesso os participantes do Cannes Lions ao potencial criativo de Stories. Inspirando marcas a abraçar o meio, a instalação destacou os recursos criativos do conteúdo vertical efêmero. Criamos uma configuração com 12 telas em movimento mecânico que podem se unir em diferentes formações para mostrar o cenário geral. As telas são controladas por transeuntes e exibem animações sob medida e conteúdo com curadoria que mostra como fazer o Stories melhor. Desde o conceito criativo, design estrutural e de som até o desenvolvimento de hardware e software, reunimos tudo em uma história poderosa.” MediaMonks

Você pode conferir mais cases incríveis no site da empresa 

Apesar dos cases dignos de um Oscar, pude tirar alguns insights como:

  • Pensar em on e off integrados
  • Vídeos que levem o usuário para dentro do estabelecimento
  • Linguagem on e off alinhadas para uma comunicação mais assertiva
  • Ouvir mais o usuário acerca do que ele deseja naquele segmento
  • Pensar fora da caixinha não necessita de grandes produções

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Precisamos ouvir a Geração Z, por Twitter 

Se você não estuda sobre o comportamento de cada geração, sugiro que comece a incluir em suas pesquisas agora!

Lembra que em 2004 nos desconectávamos do computador? Hoje somos imersos. E se você, Millenial, sente dificuldade em fazer isso, para a Geração Z essa coisa de desconectar não existe, eles já nascem imersos na tecnologia e a mesma faz parte do seu dia a dia de forma natural e simples. 

Usam as redes sociais para criar diálogos, expor suas opiniões, estudarem e consumirem entretenimento. Não são radicais, pelo contrário, enquanto você tiver algo para mostrar que acrescente em suas vidas, eles estarão ali consumindo seu conteúdo. Enquanto os Millenials brigam e entram em conflito a toda hora, a Z procura seu lugar e abre espaço para diálogo. 

Procuram por marcas que façam sentido e não sejam invasivas, não querem ninguém invadindo sua praia sem ser convidado. Além disso, buscam sua própria identidade e a imposição dos pais não faz mais sentido,  já não fazia para nós, Millenials, mas para a Geração Z faz menos ainda. 

“O mote agora é ser original, é ser quem você é. A prisão da perfeição é muito pesada. Fazer tudo ‘certinho’ não garante mais equilíbrio, sustentabilidade financeira, felicidade”, afirma Hilaine Yaccoub, doutora em Antropologia do Consumo pela UFF (Universidade Federal Fluminense). “Esse grupo não quer rótulo estático, preso. Eles não buscam o preto ou o branco. Eles querem todos os tons de cinza”, completa. — fonte: UOL, Os Imperfeitos.

Outro ponto abordado e muito interessante, é o contexto dos MEMES que nunca é SÓ um meme. Se você não entende o contexto da conversa, não vai entender a piada e se tem uma coisa que a Z faz bem, essa coisa são os MEMES.

“É uma nova forma de se conectar com o mundo, tão séria quanto as outras formas de comunicação de outras gerações. É quase como uma fuga para tentar existir num mundo com tantas falhas. Então você começa a achar graça sobre a falha, ao invés de tomar aquilo como sofrimento”, afirma o antropólogo Michel Alcoforado, sócio-diretor da Consumoteca e pesquisador da geração Z na América Latina. — Fonte: UOL, Os Imperfeitos.

Não dá mais pra negar, os xóvens existem e sua marca perde se não se comunicar direito com eles. Pesquise, se informe e personalize. A geração Z tem sim poder de compra e mais do que isso, eles têm opiniões e vão lutar por elas.

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imagem: transcendemos

Como contar uma história que ninguém quer ouvir, por Transcendemos 

Gabriela Augusto é advogada e criadora do Transcendemos, uma empresa de consultoria que busca ajudar as empresas a se tornarem mais inclusivas, de dentro pra fora.

Gabriela criou o projeto a partir de uma das experiências vividas, que infelizmente foram muitas, nesta em questão estava em uma fila de um restaurante para celebrar o aniversário de sua esposa e na revista jogaram-na de uma fila a outra sem saber o que faziam, tornando a noite que deveria ser de celebração em uma noite de transtorno. 

Mais tarde, depois de todo o nervoso passado, ela decidiu que queria fazer algo a respeito, criou uma cartilha onde explicava com clareza como as empresas deveriam tratar a pessoa trans e o que não fazer. 

“A ideia é conscientizar empresas e organizações de que a diversidade, incluindo pessoas trans, LGBTs, mulheres e pessoas negras, é algo que deve ser celebrado e valorizado. É preparar as empresas para receberem bem qualquer pessoa, para que principalmente nós, trans, consigamos ocupar todos esses espaços”, destaca Gabriela. — Fonte Brasil de Fato

A campanha disponibiliza formação para os demais colaboradores da empresa, a partir de palestras, rodas de conversa e também por meio de um manual com orientações para a vivência coletiva e o desenvolvimento de um ambiente respeitoso e inclusivo no trabalho.

As empresas que aceitam fazer parte e abrir espaço para o dialogo recebem uma plaquinha de “Empresa de Respeito” para ser colocada no ambiente e avisar aos colaboradores e clientes que a empresa passou pelo processo e está aberta a diversidade. 

Porém, nem sempre encontrou nestas rodas pessoas que estavam dispostas a ouvir, Gabriela conta que se depara constantemente com líderes que querem ser ouvidos, mas não conseguem ouvir. Nestes casos, ela prepara o terreno de forma que chama a pessoa para o dialogo, sem impor o certo ou errado, mas uma construção que será feita com o primeiro tijolo. 

Contar histórias que ninguém está disposto a ouvir é um tremendo desafio, aprendi na palestra que devemos observar e ouvir mais e falar menos, entender o ambiente que estamos para adequar a nossa comunicação para que todos sejam incluídos. Não é com apedrejamentos ou conflitos, que apesar de necessários acabam atrapalhando em diversos momentos, que vamos conseguir conversar e mostrar o caminho do respeito e inclusão dentro das empresas e na sociedade.

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imagem: o boticário

Conteúdo sem invasão, por Andrey Dutra

senta que esse vai ficar longo

Claro que a última palestra nos deixaria com gostinho de quero mais. Andrey Dutra é Content Lead (chique né?) da W3HAUS e nos trouxe um conteúdo IN-CRÍ-VEL que vou compartilhar com você.

A cada dia fica mais PUNK produzir conteúdo, hoje as blogueiras cantam, dançam, dublam e dão pirueta enquanto se maquiam (a última é exagero, mas o resto é real). Sendo assim, a produção está cada vez mais exigente e criativa nos dando inúmeras possibilidades que antes nem imaginávamos e, ao mesmo tempo, tirando nosso sono para esse mar de alternativas. 

Vivemos em uma disputa acirrada pela atenção do usuário, se antes era o “zapear” pela TV através do controle remoto e o canal que estivesse mais interessante naquele momento ganhava a nossa atenção, hoje temos o mesmo sistema em outra tela, onde rolamos os feeds até que algum post  nos encante e nos prenda por alguns segundos.

Mas veja, na TV é um programa por canal, ou seja, menos concorrência. Nas redes sociais são MILHÕES de contas, entre pessoas e marcas, disputando e produzindo conteúdo bombardeando o usuário com tanta informação que o deixa tonto sem saber pra onde ir. 

Deste modo, aquela que conseguir se conectar e gerar conexão ganha e não é só de conteúdo gratuito que estamos falando, mas também dos comerciais que vemos todo santo dia. Para inovar e ganhar a retenção, o Andrey nos mostrou um case muito bom do O Boticário com a Blogueirinha de merda, veja o vídeo no link abaixo

Campanha: Black Friday de Maquiagem: 10 achados da Blogueirinha que estão em promoção!

Para convencer a marca a comprar sua ideia, Andrey apresentou mais de 70 slides com dados e pesquisas que mostravam para O Boticário que produzir uma campanha com a Blogueirinha seria uma boa aposta. A marca aceitou e juntos produziram o vídeo acima, mas Andrey estava morrendo de medo, afinal, era uma ideia arriscada já que a marca nunca tinha feito algo mais escrachado, e as chances eram de dar muito certo ou muito errado. Segundo o Content Lead, isso acontece quando saímos do conforto e vamos para uma zona desconhecida que pode nos levar para um outro nível e atingir resultados que não esperamos. A campanha gerou um buzz enorme e muita conversa em torno da campanha. Nos comentários do próprio vídeo vemos:

print com os comentários do vídeo da campanha do O Boticario - Blogueirinha
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Incrível, né meninas?!

Tudo isso nos mostra que experiência e teste são essenciais para que consiga alcançar os resultados. Além disso, gerar conexão e identidade são essenciais para um conteúdo de valor, lá nos anos 90 a marca era inserida de forma invasiva na vida do consumidor, hoje ele tem escolhas e você, como produtor de conteúdo,  tem um desafio a seguir.

KPIs invisíveis 

As KPIs convencionais já conhecemos, mas e as invisíveis?

Vomitaço, compartilhamento em comunidade, estímulos, mudanças na vida do usuário, são algumas que não enxergamos ou simplesmente deixamos passar, mas elas dizem muito sobre o sucesso daquela campanha e da marca em si. Além de analisar os números precisamos abrir espaço para a análise da comunidade, das conversas que a marca gera a partir do seu conteúdo. 

A análise de comunidade junto com os números é tão importante que graças a isso o BBB20 ganhou uma audiência que não tinha há tempos. Ao convidar influenciadores para o programa, levou junto toda a comunidade em torno daquelas pessoas que não são celebridades globais, mas possuem fans extremamente fieis. Além de todo o alcance, as vendas dos produtos e marcas parceiras dos influencers bateram recordes de vendas e nos mostrou, em tempo real, o que uma estratégia bem alinhada é capaz de fazer. 

O digital é poderoso!

Sabia que temos marcas nativas digitais?

Sallve, NuBank, entre outras, nasceram ali no digital tendo como foco: marca,  produto e experiência do usuário. São marcas totalmente personalizadas, que além da comunicação, enxergam que cada ser humano tem sua necessidade e com base em muita pesquisa e dados levantados criaram marcas que são queridas e fazem parte da vida de cada cliente e fã. 

“Percebemos que, em vez de lançar o produto e só depois apresentá-lo, seria mais interessante descobrir o que o público deseja, e só aí lançar os itens. Temos ideia do que falta no mercado brasileiro, mas não há nada mais legal do que distribuir o que faltava para aquele grupo de pessoas.”

Julia Petit – fonte Rock Content 

Essas marcas entenderam que muito além de um slogan precisavam de um movimento.

O movimento da Sallve é: “Conversas sinceras, escolhas seguras, fórmulas incríveis” 

Só em uma frase eles deixaram claro o que é e o que defende, além de um produto criaram uma marca única e com propósito. 

Qual a conversa dentro da #tag?

O qua as pessoas dizem dentro de um determinado assunto?

Sabe quando você quer fazer um post sobre verão e vem com aquela coisa chata que não serve pra nada como “chegou o verão”?

Bora sair desse padrão?

Google Trends, Twitter, Answer The Public, Social-Searcher são algumas ferramentas que podem te ajudar a observar as conversas que estão rolando na #tag e te ajudar a ser mais criativo e produzir conteúdos que gerem diálogo e não somente um post a mais na multidão. 

Por fim, digo que com certeza o evento valeu a pena. As palestras são curtinhas e duram em média 30 minutos, independente do tempo,  o GUMP trouxe profissionais da área que estão engajados e bem atualizados sobre a temática. Cada conteúdo que trouxeram foi maravilhoso e pelo menos um insight pude tirar (até do que não fazer).

Iria de novo? Sim

Média do ingresso: R$150 primeiro lote

 

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Ariane Leite trabalha há doze anos com comunicação e há três com produção de conteúdo, gerenciamento de marca e pesquisa. É graduada em Publicidade e Propaganda, e Pós Graduanda em Influência Digital: conteúdo e estratégia pela PUC/RS. Trabalha com gerenciamento de redes sociais e criação de conteúdo para agências, também dá consultoria e mentoria em: Branding, LinkedIn, redes sociais, conteúdo e pesquisa

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